segunda-feira, 18 de abril de 2011

Viva Noronha, a Ilha Paraíso!
















Fernando de Noronha tem cinco séculos de história e de tentativas frutíferas, ao menos parcialmente) de se manter um paraíso. Belíssimas praias, baías e natureza riquíssima. Penso que não precisamos ficar retornando muitas vezes. Fico feliz de ter tido a oportunidade de conhecer. Gostaria muito que todos pudessem ter a mesma experiência. De forma controlada, a presença de turistas pode ser a melhor vigilância, se bem esclarecida, para garantir que não privatizem e depredem a ilha. Não há casas para comercializar (espero) e não há (ou não deveria haver) mansões e comércio vil de interesses privados imediatistas e excludentes dos demais. Tomara que não mude muito e que nossos netos possam ter o sabor do Paraíso. Não sou tão otimista, mas gostei do que vi e espero não ser ingênuo. Vejamos o que o futuro nos reserva...Vontade voltar claro que dá...mas...deixemos para os demais, controladamente






terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Calvinismo e "sou Santos, mas não pretendo ser santo"


Remover formatação da seleção

Jean Calvin nasceu em Noyon em 10 de Julho de 1509 e morreu em Genebra em 27 de Maio de 1564. Foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje.

Portanto, a forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecido por alguns pelo nome Calvinismo. Esta variante do Protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos da América.

Calvino foi inicialmente um humanista e, de fato, nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto, gradualmente, como a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e acabando por ser reconhecido por muitos como "padre". Vítima das perseguições aos protestantes na França, fugiu para Genebra em 1536, onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se definitivamente num centro do protestantismo Europeu e João Calvino permanece até hoje uma figura central da história da cidade e da Suíça.

Mas esse aí em cima não é Calvino, mas sim eu, que sou Santos, mas que não pretendo ser santo.

domingo, 9 de janeiro de 2011



Complexo Tim Lopes e Inovação Social


No dia 02 de junho de 2002, Tim Lopes, jornalista da TV Globo, partiu para mais uma reportagem investigativa na Vila Cruzeiro, uma das 12 favelas integrantes do morro conhecido como Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Tim Lopes vestia bermuda, camisa amarela e sandálias.


Uma semana após seu desaparecimento, sua morte foi anunciada e a uma quadrilha de um grupo organizado foi responsabilizada. De fato, Tim Lopes foi barbaramente espancado, seu corpo foi esquartejado e queimado em pneus numa gruta, método conhecido como “microondas” e muito usado por traficantes para matar policiais ou informantes e eliminar rastros que possam servir de provas contra seus assassinos.


Mais de oito anos após, a polícia iniciou, por volta das 8h do último dia 28 de novembro, a ocupação do Complexo do Alemão. A operação contou com policiais civis, federais e militares, além de homens do Exército e da Marinha, que usaram tanques e veículos blindados.


Passado um mês da invasão, a qual contou com forte apoio da população, uma nova realidade estava instalada. A Polícia Civil de todas as delegacias da capital entregou milhares de presentes para as crianças da Vila Cruzeiro, evidenciando um novo clima na região. Um helicóptero da Polícia Civil participou da operação e um policial desceu de rapel para a entrega dos presentes que foram doados pelos próprios policiais. Os presentes foram levados à comunidade dentro do caveirão, o veículo blindado utilizado nas operações policiais.


Inovação compreende um produto ou processo novo, bem como a introdução de uma qualidade ou funcionalidade inédita de um produto já existente. Assim, inovação implica em tecnologia, máquinas e equipamentos, mas vai muito além, contemplando também mudanças radicais ou incrementais, novas funcionalidades, bem como melhorias na gestão ou novos modelos de negócios. Inovação, inclusive inovação social, está presente na sociedade como nunca esteve antes.


O processo de transformação em curso no chamado Complexo do Alemão é inquestionável. Como em toda mudança radical de um produto, processo ou inédita funcionalidade, um novo nome é aconselhável para completar e consolidar seu processo transformativo. O clima do morro mudou, o complexo não é mais o mesmo. Temos agora um novo paradigma e a denominação inovadora deveria ser, legitimamente, Complexo Tim Lopes.


Ademais, mesmo porque, ao contrário do que alude à denominação genérica de Alemão, Tim Lopes sim era negro, trabalhador, gostava de sandálias e camisas soltas e era figura plenamente integrada e em harmonia com a realidade atual daquelas vizinhanças. Seria natural considerarmos a sugestão de nos referirmos, a partir daqui, ao Complexo Tim Lopes.

domingo, 26 de setembro de 2010



Órfão



Todos os pais querem,

ainda que nem percebam com clareza,

que seus filhos um dia sejam órfãos.

Refletindo um fato natural,

que aqueles mais idosos nos deixem antes

e jamais passem pela insuportável tristeza

de enterrar os mais jovens.


Mesmo assim, a dor é imensa

e o tornar-se órfão está longe de ser fácil.

Há espaços de conversas

que são próprias de pais com filhos

e quando nos faltam

parece que um vazio sem tamanho se abre,

uma ausência impossível de se cobrir.



Somente a constatação
da beleza da vida vivida é que consola um pouco,

mas que perdura breve,

logo retornando a saudade do que nem sequer houve.

Uma saudade de um futuro abortado,

mas que a lembrança do passado procura consolar,

ainda que não consiga, tenta.



Pai e mãe, só há um de cada

e cada qual cumpre de forma única seu papel.

Nós, uma vez filhos, outras pai e algumas mãe.

Pouco importa, a vida segue

e só nos resta seguir na vida.

Ainda que a morte sinalize somente a primeira etapa,

enquanto houver lembrança haverá vida.



Vida espalhada em cada um

que por meio da lembrança

faz a vida deles seguir adiante simulada por nós.

Presentes nas forças para incluir em nossas vidas

cada um de seus feitos, desejos e convicções.

Permitindo que a vida possa fluir

como eles queriam que fosse, afinal.





terça-feira, 7 de setembro de 2010















PIC-NIC EM BRASÍLIA



Sete anos de Brasília fazem tudo ter sabor de despedida, mesmo quando não se vai embora. Nada a ver com política (tudo lembra política nestes tempos de setembro 2010), muito menos desconforto ou vontade de ir embora. É que sete anos consolidam um tempo de melancolia. Tempo bom, de aprendizado e de entretenimento.

O Parque da Cidade sempre ficou no centro, visto de um lado ou do outro, sempre navegamos ao seu redor, desde os tempos do Bonaparte. Tudo lembra JK, até o nome conferido de sua esposa Sara ao Parque.

Brasília é uma promessa. De vários, JK entre eles. No caso, um comício em Jataí-Go. E quem é que lembra de promessa de comício? No entanto, menos de três meses depois de tomar posse na presidência, JK deu o primeiro passo para construir uma nova capital no centro do país.

JK cumpriu a promessa mas não foi totalmente original, nem seguer é dele a idéia da capital no centro do País. A inspiração está presente em dispositivo incluído em sucessivas Constituições desde os tempos do Império. JK chegando à Presidência em 18 de abril de 1956 (um ano exato após Einstein morrer) Juscelino enviou projeto de lei ao Congresso Nacional. Não sem enfrentar fortes oposições de parlamentares, o projeto se transformou em lei, sancionada a 19 de setembro de 1956, que fixava os limites do novo Distrito Federal e autorizava a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).

Se ousadia já não fosse pouca, outra lei, de 1º de outubro daquele ano, fixou a data para a mudança da capital: 21 de abril de 1960. Significava que tudo teria que ser feito no curto espaço de três anos e sete meses.

Ora, se a capital foi de fato erguida em três anos e sete meses, por que não comemorar e se dar por satisfeito com o dobro e não ter construído capital (nos dois sentidos) alguma (ou algum no sentido inverso)?

Um pic-nic é sempre um pic-nic. Mais patos do que formigas. Um final de tarde de sol quente abrindo espaço para um vento fresco ameaçando ficar frio, tal qual deserto que de fato é.

Como diria Leminsky: por que Brasília não pode ser apenas uma cidade? Pedras, nada mais que pedras, sem a exigência de carregar junto essa história, que tanto lhe pesa nos ombros. Brasília das lamúrias, dos escandâlos, mas que também sabe ser Brasíla dos pic-nics.

domingo, 6 de junho de 2010











Pavão,
Chuck Norris do Nordeste Brasileiro


O sentimento geral e universal
ao sentir-se invadido pelo ilegal
é poder ter a força do descomunal
e a figura de Chuck Norris
vira, de fato, um ideal.
Bandidos à solta
armas em punho assalto declarado
e constrangimento geral
todos para o quarto fechado
enquanto vasculham pelos pertences que não lhes pertencem.
Findo o seqüestro de bens e pessoas
resta a resignação ou os apelos do ter feito antes
dos descuidos de não se comportar como num mundo em guerra
abertas as portas do raciocínio
arma do guerreiro pacifista e contemporâneo.
Indo à luta
há que se derrotar os adversários
inimigos do bem estar e causadores de confusões
prejudicadores da praia e das diversões
portanto contrapontos imorais
do bem estar coletivo e universal.
Polícia que sempre nos assusta em tempos normais
agora solidária parceira e colaborativa
no anseio comum de debelar os marginais
mas com inteligência e raciocínio
de um Chuch Norris sem armas letais.
Com essa os bandidos não contavam
eles estavam enfrentando Chuch Norris do agreste
a inteligência concentrada do nordeste
quiçá do Planeta
e por certo das redondezas do Pitimbu e Acaú.
Polícia parceira bandidos em caça
elementos reconhecidos
muita astúcia
imaginária da bandidagem e verdadeira de um lado só
resulta na detenção, recuperação dos bens e limpeza praiana.
Muitos gostariam de saber como reagiria Chuck Norris
talvez saibamos talvez não
mas agora estamos esclarecidos de como com inteligência e persuação
sem pau de arara ou empurrão
a sabedoria vence sempre, seja no litoral, no agreste ou no sertão.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vinte e Oito - para Berenice Roth (09/01/2010)



A Lua leva 28 dias para dar a volta no Planeta Terra.

28 é, no jogo do bicho, do grupo 07, carneiro, meu signo.

O níquel é o elemento químico de número atômico 28, símbolo Ni.

28 é, segundo a Wikipedia, número composto, que tem os seguintes fatores próprios: 1, 2 ,4, 7 e 14.

Como a soma dos fatores é 28, trata-se de número perfeito, como nosso amor.

28 anos marcam nosso tempo juntos, sem contar os 5 antes.

Contando os 5 antes, geram 33, idade de Cristo.

28 segundos não fazem meio minuto, 28 dias não completam o mês, salvo fevereiros não bissextos.

Viveremos juntos pelo menos outros 28 anos.

28 anos são meras etapas de um amor sem datas e sem previsão de término.