quinta-feira, 18 de dezembro de 2008



Que venha o Carnaval


Ronaldo Mota




Poucos sabem que o Carnaval é marcado pelo Igreja. Mais do que isso, sendo de certa forma uma festa legitimamente cristã. É um período de festa regido pelo ano lunar que tem suas origens na antiguidade e recuperada pelo cristinaismo, que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na quarta-feira de cinzas, às vésperas da Quaresma.


Tratava-se dum adeus à carne, ou o que é mais aceito é que a palavra "Carnaval" decorre da expressão carne levare, ou seja, afastar a carne, uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da Quaresma.


Na sua versão mais moderna, o Carnaval de desfiles e fantasias vem da sociedade vitoriana do século XIX, quando as cidades de Paris e Veneza eram o Rio de Janeiro da época. Sendo sincero e para desgosto dos brasileiros, pode-se disser que o Rio de Janeiro, bem como Nova Orleans nos Estados Unidos, se inspiraram no Carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas.

Como não poderia ser diferente, o Carnaval tem também raízes históricas que remontam aos bacanais e a festejos similares em Roma, relacionados a celebrações em homenagem à deusa Ísis ou ao deus Osíris, no Egito antigo.

Em Roma havia uma festa, a Saturnália, em que um carro no formato de navio abria caminho em meio à multidão, que usava máscaras e promovia as mais diversas brincadeiras.

O certo é que alguns adoram carnaval e outros odeiam. Para outros tanto faz, nos quais me incluo. Na linha do: “Já fui bom disso, na mesma época em que jogava futebol”. Hoje os joelhos prejudicaram os dois. Gol tem a mesma chance que correr atrás de um trio elétrico.
Mesmo não sendo o mais fanático, Carnaval tem o seu valor. Já passei dois na Bahia, em Salvador, e quatro em Olinda, Pernambuco. São bons, mas há que se estar no ritmo. Não aconselho (quem sou eu para conselheiro no tema) a chegada abrupta, no dia. Mas, cada caso é um caso e boa sorte para quem arrisca.
Em suma, que venha o Carnaval. Seja muito bem-vindo. Pelo menos Brasília pára, Capão da Canoa a todos nos acolhe e que faça sol, muito sol, para que lembremos, pelo menos à noite, vendo alguns mascarados bâbados, que, afinal, é Carnaval.

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